sexta-feira, 22 de março de 2013

Estranha Felicidade


Existe
Uma estranha felicidade
Que aparece sem dizer 'olá'

É como uma lembrança da infância
Presentes no Natal
Chocolate na Páscoa

Se não existe felicidade sempre
Como posso dizer que sou feliz?
Ou seria
Estou feliz?

A estranha felicidade
Acomete de tantas
Tantas formas
E sim
É sempre repentinamente
Já que o mundo inteiro parecia desmoronar

Então
Tocará as mais incríveis músicas
E dançar será apenas apelido
Pro que está acontecendo
E irá movimentar

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Errado


Ando, ando, ando
E acabo me perdendo no caminho
Então
O que disse a poeta
Em nada surtiu efeito

Perdido
Quase sem esperança
Mas o que me resta
É esperar
Pelo dia
Que talvez
Chegue

Partido
Cada lágrima
Desce em alturas diferentes
Talvez seja o tamanho
Ou abertura dos orifícios

Saudade
Quando socos podiam ser dados
Dinheiros economizados
Três mulheres
Três colos diferentes

Tristeza
Que não pode tomar poderes
Enxotada
A chutes e pontapés
Voltar
Quando o tempo estiver
Sem previsão de melhoras

Sorrisos
Evitando as recaídas
Achando os caminhos
Mesmo que seja
Pegando primeiro
O atalho errado


domingo, 13 de janeiro de 2013

Dia Ideal

Acho que hoje é o dia perfeito
Pra tentar te fazer sorrir
O teu sorriso encantar o mundo

Hoje é o dia ideal
Pra sentar perto do mar
Escrever qualquer besteira
Desenhar qualquer garoto
Num pedaço de papel em branco

A felicidade que me mantém vivo
Hoje está digna de chorar
De sorrir como o cara da TV
Ver que a marca na mão faz todo sentido
A lágrima que desce pelo rosto
Faz tudo isso valer a pena...

No Reino

Sapo seco e morto
No jardim verde da casa verde
Guardei e pensei...

Agora ele deve tá
No Reino dos Sapos
Onde vivem os Príncipes...

sábado, 3 de novembro de 2012

O beijo da memória

Te beijei naquela noite
Foi sem querer
Mas beijei

Teu beijo ficou em mim
Bem dentro de mim
Nunca mais saiu

Nada mais que um encostar de lábios
Mas maior do que se pode imaginar
Maior na imaginação
Maior nos pensamentos subsequentes

O que tive aquela noite
Provavelmente, mesmo que queira
Jamais terei de novo
Nesse cladograma
Eu vou pra um lado
Tu pra outro

E então
Tenho a impressão que jamais vou te esquecer...


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Cerveja, Cigarro e Chico

O feriado não podia ter começado melhor. Hoje se comemora a lembrança de alguém que se amou muito ou que simplesmente fez parte da vida, bem ou mal. Talvez até lembre, agora escrevendo, da linda vó Semirames, a mesma que gostava de cerveja, cigarro e talvez de Chico. Mas provavelmente não tenha sabido muito da vida dela, do passado, se ela apoiou a ditadura ou não.
Nesse exato momento, tô ouvindo um pouco de chico (Claro!) e já que lembrei da vovó, lembrei da Zuzu Angel, ouvindo "Angélica", a música que o Chico fez após a morte dela (ouçam!), àquela que pro fim da vida era super contra à ditadura, a que só queria, pelo menos o corpo do seu filho... Enfim, isso me lembra finados.
Saí pra comprar uma ceva barata, sempre a melhor, cigarro e tomei um banho nos CD's do Chico e tô num transe gostoso, apenas com vontade de não sair da cama, só se for pra tomar banho de piscina ou deitar na grama ou mesmo pra mijar, porque daqui a pouco vai apertar...
Fico, meio que enlouquecendo com a bagunça do meu quarto... Acho que de toda arte, a bagunça do quarto é sempre a mais natural, a mais sem intensão que existe e também a mais gostosa, quando se vê, tá tudo disposto de uma forma engraçada e gostosa de se ver.
Ouvir Chico é sempre gostoso demais, tomando cerveja e fumando um cigarro então, melhor ainda!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Calor!

Tá calor
O suor vai a baixo
Escorrendo, derretendo

Café
Cigarro
Sem pupunha
Sem manteiga

Pensamento sobre a tristeza e o amor

Sei lá... as vezes sou propenso a ficar triste. Tenho sérios problemas com isso. A tristeza vem, depois o choro e aí eu acabo de cara inchada.
Invento o que não vejo, crio situações que possuem links entre elas e depois descubro que nada daquilo faz sentido, que apenas imaginei as coisas e sofri a toa.
Vou descobrindo aos poucos que todo esse sofrimento dramático não faz sentido e então essas crises demoram cada vez mais a aparecer. Acredito sim, que isso vai aporrinhando cada vez mais meus amigos (e não adianta dizer que não!) e então sinto que se eu não mudar de uma vez e recuperar a alegria de sempre posso perder eles e seus sorrisos no caminho.
Preciso voltar a ler os livros de aventura, de drama, de choro e largar por lá todas as minhas dúvidas e indecisões, deixar em cada frase do autor o meu pedaço despencado.
Ah, acabei de lembrar o porquê das lágrimas inesperadas! É tudo culpa do amor! Putz, parece que essa porra transborda quando suo! Sério, fico me perguntando por que eu não nasci um ser mais frio e então a vida seria mais fácil. Não, nem pensar! Tenho que ser esse trambolho grande que precisa de um abraço ou um beijo a cada fodidos 10 minutos... tá, é exagero mesmo, mas a cada 10 minutos preciso pelo menos de um sorriso de leve, se não, realmente a vida tá fodida!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Seu Pitanga

                                                                           Para Benjamim Constant

Seu Pitanga
Que boa lembrança
Quero te rever num sonho
Só mais uma vez
Teu recado estará dado

Quero teu corpo nu
Quero o que balança
Que dure mais
Bem mais que duas horas

Do começo ao fim
Do canto da minha boca
Até o leite sobre a mesa

Quero te ter
Te rever na realidade palpável
Te ver sorrir
Me alegrar

Ao teu lado
Eu sorri
Gargalhei

Quando se foi
Chorei por dias
Conto os dias e os meses
Mas sei que vou te encontrar

Se existe um céu
A trupe ganha mais um membro
E que membro!

Quem disse que os idiotas não fazem falta?
Te amo...


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Pensamentos em Apuros

Algo que eu realmente não queria
Aconteceu sem poder voltar atrás
Não tinha noção do que a falta daquilo me traria
Um pedaço de plástico
Um pedaço de vida

Queria poder arrancar
Queria poder tirar
Minhas próprias mãos
Uma viva
Outra morta

Um momento de tesão
O momento da desgraça

As dores da entrada
São delícias saborosas
As bocas se abrem
Soltam diversas sonoridades
Sorriso e contorção

As dores da saída
São sujas e deletérias
Inimagináveis pensamentos
Sons silenciosos
Lágrimas no rosto

Lágrimas de sangue
Terror à flor da pele

Fardo cruel
Noite terrível
Pensamentos embaralhados
Dúvidas
Dúvidas por meses

Arruinou minha vida
Embaçou minha vidraça
Já não podia te matar
Não podia mais viver
Pensamentos em apuros

Veias, navalhas
Corte profundo

Último suspiro
Primeira sirene
Duas vidas
Uma viva
Outra morta