domingo, 17 de junho de 2012

A Bagunça das Horas

Acordei e já não mais tão cedo
Era cedo
Mas já era bem tarde
Foram boas e intermináveis 12 horas de sono

Acordei com lágrimas nos olhos
Foram lágrimas de um bocejo com a boca bem aberta
Foram lágrimas de dores de um sonho
Foram lágrimas de alegria por um sonho

Levantei e era cedo
Lá fora ainda tava escuro
Assim permanecendo por várias horas

Olhei pra árvore quebrada e inconcluída
Seus traços de tinta ainda eram tão belos como antes
Os galhos brancos davam uma sensação de vazio
Os marrons, de panela sem tampa

As bitucas boiavam nos cinzeiros
A água tinha cor de um lago perto da praia
Nesse mesmo sentido
O quarto continuava eternamente bagunçado

Um homem jamais pode viver sem a bagunça do seu quarto
Só assim ele terá por onde começar




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