sábado, 3 de novembro de 2012

O beijo da memória

Te beijei naquela noite
Foi sem querer
Mas beijei

Teu beijo ficou em mim
Bem dentro de mim
Nunca mais saiu

Nada mais que um encostar de lábios
Mas maior do que se pode imaginar
Maior na imaginação
Maior nos pensamentos subsequentes

O que tive aquela noite
Provavelmente, mesmo que queira
Jamais terei de novo
Nesse cladograma
Eu vou pra um lado
Tu pra outro

E então
Tenho a impressão que jamais vou te esquecer...


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Cerveja, Cigarro e Chico

O feriado não podia ter começado melhor. Hoje se comemora a lembrança de alguém que se amou muito ou que simplesmente fez parte da vida, bem ou mal. Talvez até lembre, agora escrevendo, da linda vó Semirames, a mesma que gostava de cerveja, cigarro e talvez de Chico. Mas provavelmente não tenha sabido muito da vida dela, do passado, se ela apoiou a ditadura ou não.
Nesse exato momento, tô ouvindo um pouco de chico (Claro!) e já que lembrei da vovó, lembrei da Zuzu Angel, ouvindo "Angélica", a música que o Chico fez após a morte dela (ouçam!), àquela que pro fim da vida era super contra à ditadura, a que só queria, pelo menos o corpo do seu filho... Enfim, isso me lembra finados.
Saí pra comprar uma ceva barata, sempre a melhor, cigarro e tomei um banho nos CD's do Chico e tô num transe gostoso, apenas com vontade de não sair da cama, só se for pra tomar banho de piscina ou deitar na grama ou mesmo pra mijar, porque daqui a pouco vai apertar...
Fico, meio que enlouquecendo com a bagunça do meu quarto... Acho que de toda arte, a bagunça do quarto é sempre a mais natural, a mais sem intensão que existe e também a mais gostosa, quando se vê, tá tudo disposto de uma forma engraçada e gostosa de se ver.
Ouvir Chico é sempre gostoso demais, tomando cerveja e fumando um cigarro então, melhor ainda!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Calor!

Tá calor
O suor vai a baixo
Escorrendo, derretendo

Café
Cigarro
Sem pupunha
Sem manteiga

Pensamento sobre a tristeza e o amor

Sei lá... as vezes sou propenso a ficar triste. Tenho sérios problemas com isso. A tristeza vem, depois o choro e aí eu acabo de cara inchada.
Invento o que não vejo, crio situações que possuem links entre elas e depois descubro que nada daquilo faz sentido, que apenas imaginei as coisas e sofri a toa.
Vou descobrindo aos poucos que todo esse sofrimento dramático não faz sentido e então essas crises demoram cada vez mais a aparecer. Acredito sim, que isso vai aporrinhando cada vez mais meus amigos (e não adianta dizer que não!) e então sinto que se eu não mudar de uma vez e recuperar a alegria de sempre posso perder eles e seus sorrisos no caminho.
Preciso voltar a ler os livros de aventura, de drama, de choro e largar por lá todas as minhas dúvidas e indecisões, deixar em cada frase do autor o meu pedaço despencado.
Ah, acabei de lembrar o porquê das lágrimas inesperadas! É tudo culpa do amor! Putz, parece que essa porra transborda quando suo! Sério, fico me perguntando por que eu não nasci um ser mais frio e então a vida seria mais fácil. Não, nem pensar! Tenho que ser esse trambolho grande que precisa de um abraço ou um beijo a cada fodidos 10 minutos... tá, é exagero mesmo, mas a cada 10 minutos preciso pelo menos de um sorriso de leve, se não, realmente a vida tá fodida!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Seu Pitanga

                                                                           Para Benjamim Constant

Seu Pitanga
Que boa lembrança
Quero te rever num sonho
Só mais uma vez
Teu recado estará dado

Quero teu corpo nu
Quero o que balança
Que dure mais
Bem mais que duas horas

Do começo ao fim
Do canto da minha boca
Até o leite sobre a mesa

Quero te ter
Te rever na realidade palpável
Te ver sorrir
Me alegrar

Ao teu lado
Eu sorri
Gargalhei

Quando se foi
Chorei por dias
Conto os dias e os meses
Mas sei que vou te encontrar

Se existe um céu
A trupe ganha mais um membro
E que membro!

Quem disse que os idiotas não fazem falta?
Te amo...


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Pensamentos em Apuros

Algo que eu realmente não queria
Aconteceu sem poder voltar atrás
Não tinha noção do que a falta daquilo me traria
Um pedaço de plástico
Um pedaço de vida

Queria poder arrancar
Queria poder tirar
Minhas próprias mãos
Uma viva
Outra morta

Um momento de tesão
O momento da desgraça

As dores da entrada
São delícias saborosas
As bocas se abrem
Soltam diversas sonoridades
Sorriso e contorção

As dores da saída
São sujas e deletérias
Inimagináveis pensamentos
Sons silenciosos
Lágrimas no rosto

Lágrimas de sangue
Terror à flor da pele

Fardo cruel
Noite terrível
Pensamentos embaralhados
Dúvidas
Dúvidas por meses

Arruinou minha vida
Embaçou minha vidraça
Já não podia te matar
Não podia mais viver
Pensamentos em apuros

Veias, navalhas
Corte profundo

Último suspiro
Primeira sirene
Duas vidas
Uma viva
Outra morta


domingo, 26 de agosto de 2012

Que Saudade do Beijo

O seu toque
Sua beleza
Aquela forma de sorrir
Que saudade que eu tenho
De cheirar as suas coxas

Quero te carregar no colo
Te girar
Depois dançar sobre um plástico de bolhas
Até o sol raiar pela última vez

Que saudade
Que saudade da Sandra
Que saudade do beijo da Sandra

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Queria ter me apaixonado por ti!

Queria te trazer pra casa
Te pegar no colo
Bagunçar o teu cabelo
E te beijar por fim

Queria então
Que minha pupila dilatasse
Que meu coração acelerasse
Queria te abraçar
Só pra não te perder

Poderia te aplaudir de pé
Gritando 'Bravo, Bravíssimo'
Queria te encontrar no camarim
Te dando força e elogio todos os dias

Queria te receber com flores na saída
Te encher de beijos
De abraços

Te levaria pra casa
Chamaria-te de 'Meu Amor'
Faria muito amor
Melhor e mais gostoso
A cada dia

Não queria te fazer 'Meu'
Queria apenas ser Teu

Queria ter me apaixonado por ti

Eu apenas queria
Mas nada disso aconteceu

domingo, 15 de julho de 2012

Dia Perfeito

Só me arrependo
De não ter enfiado a mão na cara
Quando acontece
Não existe pensamento
Não existe dor

Porque tão cruel?
Porque tão doente?
Porque as lágrimas estão cheias de perguntas?

Azul, vermelho, roxo e amarelo
As cores da pele por outra pele
A escória só poderia causar escoriações

As luzes se apagam
Tudo escuro
Anestesia
Sinestesia
Azia

Sociedade doente
Somos igualmente doentes
Por deixar seguir assim



terça-feira, 10 de julho de 2012

É difícil esquecer!

O mais difícil de esquecer
É tentar esquecer...

Quanto mais se tenta
Mais se lembra

Então
Se ocupar com o resto do mundo
É a melhor solução

Apenas olhar o pôr-do-sol
Pensando em como é lindo estar ali...